Um estudante brasileiro pode ter descoberto, atraves de uma pesquisa inédita, a possível cura para a sepse considerada uma das doenças mais letais do mundo.
Natural do Rio de Janeiro, o jovem – que não teve a identidade revelada ainda – estuda Ciências Biológicas, iniciou o estudo e descobriu que uma anomalia na bactéria causadora da doença pode ser a chave para desenvolver uma vacina eficaz para pacientes.
A pesquisa foi levada à Organização Mundial da Saúde (OMS), onde está sendo revisada por cientistas internacionais. No Brasil, o estudante já apresentou os resultados na Fiocruz, surpreendendo especialistas com a profundidade de sua análise e descobertas.
Pesquisa fora da curva
A trajetória do estudante, identificado apenas como A.J.H., começou de maneira despretensiosa no laboratório de sua faculdade.
Motivado pela curiosidade, ele iniciou uma pesquisa sobre a bactéria Staphylococcus aureus, uma das principais causadoras de infecções hospitalares, incluindo a sepse.
Ao “quebrar” o DNA dessa bactéria, A.J.H. identificou uma variante genética que a torna extremamente resistente e letal, capaz de proliferar rapidamente no organismo.
Essa bactéria utiliza seus cílios, pequenas estruturas que funcionam como “antenas”, para detectar o ataque de antibióticos, o que intensifica a produção de novos parasitas e agrava o quadro do paciente.
A pesquisa do jovem focou em neutralizar essa comunicação entre os cílios e a bactéria, impedindo a proliferação.
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Próximos passos
Após a apresentação na Fiocruz, a pesquisa foi encaminhada à OMS para uma revisão científica internacional. Além disso, o Ministério da Saúde do Brasil já está acompanhando o processo, que em breve será formalmente registrado.
Uma vez que os testes laboratoriais forem concluídos, espera-se que a pesquisa entre em uma fase mais experimental, incluindo testes em animais e posteriormente em humanos.
A comunidade científica está otimista quanto ao desenvolvimento de uma vacina nos próximos três anos, enquanto novos medicamentos podem surgir em um tempo ainda menor.
Segundo especialistas, a importância de um tratamento eficaz para sepse não pode ser subestimada, especialmente considerando o alto custo que a doença gera para os sistemas de saúde globais.
A luta global contra a sepse
A sepse é responsável por 1 a cada 5 mortes no mundo, afetando milhões de pessoas todos os anos. Dados da OMS mostram que a doença é a principal causa de mortes em hospitais e uma das mais custosas para o sistema de saúde.
Além disso, a sepse pode deixar sobreviventes com sérias complicações físicas e psicológicas a longo prazo.
No Brasil, o cenário é ainda mais preocupante, com uma taxa de mortalidade de 60%, muito acima da média de países desenvolvidos, onde o índice fica em torno de 20%.
Entre 2018 e 2022, mais de 113 mil brasileiros perderam suas vidas para essa doença, o que reforça a urgência de novas soluções.