Um carro movido a hidrogênio, abastecido por resíduos de esgoto, vai tentar quebrar recordes de velocidade. Desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade de Warwick, no Reino Unido, o projeto Waster2Race é uma tentativa de alcançar eficiência e sustentabilidade no setor automotivo.
O hidrogênio que o carro usa é um subproduto do tratamento de esgoto de águas residuais da empresa Severn Trent, no Reino Unido. Já as peças utilizadas vêm de sobras de uma empresa de veículos de corrida, a Ginetta.
“Recuperar valor de fluxos de resíduos será uma parte essencial de qualquer futura economia líquida zero. Uma das áreas mais importantes a serem visadas são as águas residuais – algo que está sendo constantemente produzido pela sociedade, indústria e agricultura”, disse Daniel Carlotta-Jones, Engenheiro Chefe da Wastewater Fuels.
Esgoto como combustível
Sim, o esgoto pode ser transformado em combustível a partir da produção de hidrogênio. O hidrogênio é um combustível limpo que não emite gás carbônico. Olha como é bom para o planeta!
E é com esse combustível limpo, com três vezes mais energia que a gasolina, que os estudantes abastecem a criação.
Funcional nos próximos 6 a 12 meses, o grupo quer usar o automóvel para quebrar recordes como o de partida mais rápida de veículo na terra.
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Sustentável em tudo
Todo o material do carro movido a esgoto é sustentável.
As partes são adaptadas com materiais como fibra de carbono reciclado. Já o espelho retrovisor é fabricado a partir de resíduos de beterraba.
A bateria do veículo veio de um carro de estrada acidentado, enquanto o volante foi produzido pela National Composites Centre, com materiais 100% naturais.
Recordes de velocidade
O carro é todo construído pensando em velocidade. Isso porque os alunos querem, em 2025, quebrar vários recordes e mostrar que a ideia pode sim ser funcional.
Um dos possíveis objetivos é conseguir a largada mais rápida com o carro parado. Hoje o recorde de arrancada é do Rimac nevera, que vai de 0 a 100 km/h em 1,81 segundos.
“Estamos extremamente orgulhosos da engenhosidade de nossos alunos e desejamos a todos boa sorte em sua tentativa de quebrar o recorde de velocidade em terra”, contou o professor Kerry Kirwan, chefe do grupo de pesquisa responsável pelo protótipo.