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Robô desmonta lixo eletrônico para que componentes sejam reutilizados
23 de outubro de 2024
- Vitor Guerras
O robô da companhia Molg, desmonta lixo eletrônico e reutiliza os componentes. - Foto: Molg
O robô da companhia Molg, desmonta lixo eletrônico e reutiliza os componentes. - Foto: Molg

Isso não é o futuro, é o presente! Um robô desmonta peças de lixo eletrônico para que os componentes deles possam ser reutilizados por grandes empresas. A ideia veio de um ex-empresário do setor de hardware para combater o desperdício de dispositivos eletrônicos.

Rob Lawson-Shanks é o fundador da Molg, uma startup de Virgínia, nos Estados Unidos, e a companhia acaba de ser financiada por grandes nomes da tecnologia mundial como Ventures Group e Amazon.

A ideia é simples e resolve um grande problema no mundo tecnológico. Depois de perceber que contribuía para o descarte de lixo eletrônico, ele teve a ideia. Com câmeras e sensores precisos, os robôs produzidos por Rob conseguem desparafusar e remover componentes delicados, que antes seriam descartados. Agora, tudo é reutilizado!

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Virada para sustentabilidade

Por décadas Rob projetou e construiu eletrônicos de consumo, até que um dia se incomodou com as toneladas de lixo.

“Comecei a perceber que estava contribuindo para esse problema enorme de 60 milhões de toneladas de lixo eletrônico por causa de como estávamos projetando, fabricando e, finalmente, não recuperando [os produtos]”, disse ele em entrevista à Fast Company.

A partir disso, ele decidiu mudar. Deixou a produção de algo que contribui para a degradação ambiental, para um produto que ajuda o meio ambiente.

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Reutilizando, não reciclando

A ideia dos robôs projetados por Rob não é reciclar os componentes, mas sim reutilizá-los.

As “microfábricas” pensadas pelo empresário conseguem desmontar dispositivos eletrônicos de forma muito eficiente e sem perdas.

O processo utiliza vários braços e câmeras, além de um software personalizado para retirar peças com cuidado e rapidez.

“Usamos [equipamentos] realmente de alta precisão e não destrutivos, e realmente nos importamos com o que estamos tocando e movendo para que possamos testar novamente, requalificar e reimplantar”, explicou.

100% de reutilização

O empreendedor é um visionário e defende que 100% de reutilização é sim possível.

Para ele, pensar na reutilização de componentes de um servidor ou laptop, para fazer um outro produto de nível médio, ou até mesmo uma mercadoria de baixo custo, é o caminho.

“Estamos vendo casos em que 100% de reutilização é absolutamente atingível, onde você pode obter algo que normalmente tem um ciclo de vida de três anos, e você pode estender isso até seis a nove anos de uso.”

Parcerias com empresas

Além de promover práticas sustentáveis, a Molg também faz parcerias com outras empresas para a criação de produtos mais dinâmicos.

Em uma colaboração com a Dell, por exemplo, Rob ajudou na criação de conexões modulares para unir computadores e outros dispositivos.

Também possibilitou que a empresa criasse encaixes, traves e fechos de pressão com maior resistência.

As estações do robô são pequenas e cosntruídas de acordo com a necessidade de cada empresa. - Foto: Molg
As estações do robô são pequenas e cosntruídas de acordo com a necessidade de cada empresa. – Foto: Molg
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