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Novo tratamento faz tumor cerebral mortal diminuir pela metade
4 de novembro de 2024
- Renata Dias
O engenheiro Paul Read, de 62 anos, é o primeiro paciente que se submeteu ao tratamento para a cura do tumor cerebral que é mortal, o glioblastoma, e consegue bons resultados. Foto: Metro
O engenheiro Paul Read, de 62 anos, é o primeiro paciente que se submeteu ao tratamento para a cura do tumor cerebral que é mortal, o glioblastoma, e consegue bons resultados. Foto: Metro

A esperança está muito próxima para quem tem o diagnóstico de um câncer superagressivo: o glioblastoma, que normalmente mata em 18 meses. É um novo tratamento que diminui o tumor cerebral pela metade.

O engenheiro Paul Read, de 62 anos, do Reino Unido, recebeu o diagnóstico no ano passado. Determinado a vencer o tumor, ele se submeteu ao tratamento pioneiro. “Nada a perder e tudo a esperar”, afirmou.

O empenho de Paul deu certo. Ele foi o primeiro paciente a se inscrever no estudo do University College London Hospitals NHS Foundation Trust (UCL). O tratamento consiste em receber uma pequena quantidade de radiação injetada diretamente no tumor cerebral.

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Tábua de salvação

Paul disse que a experiência a que se submeteu foi “tábua de salvação”. Segundo ele, não houve efeitos colaterais mais intensos.

“Estou mais do que feliz”, disse ele.  Os médicos estão tratando um paciente por mês na primeira fase do estudo e planejam expandí-lo para incluir mais pacientes.

O oncologista e pesquisador-chefe, Paul Mulholland, ressaltou que o esforço é para que chegue o dia em que esse tipo de tumor seja curado, sem causar metástase (quando o câncer se espalha pelo corpo).

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Três pacientes

Três, dos cinco pacientes que se submeteram ao tratamento, tiveram o câncer estabilizado e não evoluíram mais. O ensaio clínico envolve 36 pacientes diagnosticados com glioblastoma para verificar como reagem à medicação e às orientações novas.

Paralelamente, os pacientes são avaliados com exames que fazem a varredura em busca da identificação de câncer.

O pesquisador professor Kristian Helin reiterou que o empenho da equipe é buscar a eficiência do tratamento diante da gravidade do diagnóstico. “O glioblastoma é uma doença devastadora, e os tratamentos não mudam significativamente há décadas.”

Como funciona

Um medicamento radioativo é injetado a cada quatro a seis semanas para atacar o tumor. Assim, com o objetivo de matar as células cancerígenas, poupando o tecido saudável, os médicos esperam curar o paciente.

Após a cirurgia para remover o tumor, um pequeno dispositivo médico é implantado, o Ommaya.

O pequeno sistema é colocado sob o couro cabeludo, conectado ao tumor por meio de um tubo, segundo o Metro.

Paul, o primeiro paciente com resultados positivos após o tratamento, posa ao lado da mulher Pauline: “Estou mais do que feliz”. Foto: Metro
Paul, o primeiro paciente com resultados positivos após o tratamento, posa ao lado da mulher Pauline: “Estou mais do que feliz”. Foto: Metro
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