Mulheres vítimas de violência doméstica terão passe livre no transporte público; veja motivo

No Distrito Federal, mulheres vítimas de violência doméstica vão ter passe livre no transporte público. A ideia é que, assim, consigam ter acesso aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade. O decreto que detalha como será a comprovação pelas mulheres para garantir a gratuidade será publicado nos próximos dias.
A iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Paralelamente, o governo do DF pretende instalar uma Casa da Mulher Brasileira em todas as 35 regiões administrativas. A ideia é assegurar um modelo mais descentralizado e acessível.
Mais apoio, mais reação
A secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira, afirmou que a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal.
“Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos”, disse.
A secretária acrescentou: “Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”, segundo o site do governo do DF.
Leia mais notícia boa
- Aprovado: SUS vai pagar reconstrução dentária para mulheres vítimas de violência doméstica
- Mãe que sofria violência doméstica foge de casa e pede ajuda para ter onde morar com os dois filhos
- Mutilação genital: Brasil concede refúgio a 133 meninas e mulheres que sofreram a violência
Dados numéricos da violência
De acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025, lançado pelo Ministério das Mulheres, nesta terça-feira (25), em Brasília, apontam que, em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) de mulheres e lesões corporais seguidas de morte.
Os registros representam uma diminuição de 5,07% em todos os casos de violência letal contra as mulheres, em relação aos registros de 2023, quando foram contabilizados 1.438 casos de feminicídio e outros 2.707 casos de homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte de mulheres, segundo a Agência Brasil.
