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Microscópio com IA detecta infarto e AVC antes de acontecerem; criado no Japão

Vitor Guerras
04 / 06 / 2025 às 08 : 12
O microscópio com inteligência artificial (IA), de Tóquio, ajuda a prevenir AVC e infarto. - Foto: Getty Images
O microscópio com inteligência artificial (IA), de Tóquio, ajuda a prevenir AVC e infarto. - Foto: Getty Images

Pesquisadores japoneses criaram uma ferramenta revolucionária que usa inteligência artificial (IA) e um microscópio superpotente para detectar, em tempo real, o risco de infarto e AVC.

O microscópio funciona como uma câmera de trânsito que fotografa milhares de células do sangue em movimento. Depois, a IA analisa as imagens para identificar plaquetas, as pequenas células responsáveis por formar coágulos.

“Assim como câmeras de trânsito capturam todos os carros na estrada, nosso microscópio captura milhares de imagens de células sanguíneas em movimento a cada segundo. Em seguida, usamos inteligência artificial para analisar essas imagens”, disse em comunicado à imprensa no último dia 15.

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Como funciona

Com a inovação, os médicos vão poder saber se os medicamentos que combatem coágulos estão funcionando e ajustar o tratamento na hora certa.

Isso significa que, em vez de esperar por um sintoma ou fazer exames invasivos, vai ser possível observar o comportamento do sangue como se fosse um filme, antes que problemas de saúde aconteçam.

Segundo o professor Yuqi Zhou, da Universidade de Tóquio, a novidade é um grande avanço. A tecnologia consegue identificar uma plaqueta sozinha, um aglomerado ou até mesmo um glóbulo branco junto.

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Testes e resultados

Mais de 200 pacientes já participaram dos testes com a nova tecnologia. Os resultados mostraram que pessoas com doenças cardíacas mais graves apresentam mais aglomerados de plaquetas.

Isso ajuda os médicos a identificar precocemente quem está em risco elevado.

“Essa tecnologia se destaca porque permite que os médicos observem diretamente as plaquetas na corrente sanguínea e meçam como elas interagem e formam aglomerados em tempo real”, explicou Keisuke Goda, professor do departamento de química da Universidade de Tóquio.

Importância das plaquetas

As plaquetas são essenciais para parar sangramentos, mas em excesso podem formar coágulos perigosos.

“É desafiador avaliar com precisão o quão bem os medicamentos antiplaquetários funcionam em cada paciente”, disse Kazutoshi Hirose, líder do estudo. “Por isso, monitorar a atividade plaquetária se tornou uma meta importante.”

Hoje, para entender o que ocorre nas artérias, os médicos precisam fazer exames invasivos, como inserir um cateter para retirar sangue do coração.

Apesar de os resultados terem sido positivos, a tecnologia ainda não está pronta para ser usada em hospitais.

Primeiro, a equipe quer diminuir o tamanho do equipamento e também reduzir os custos para torná-lo mais acessível.

Os cientistas conseguiram identificar a "aglomeração" de plaquetas. - Foto: Bruce Blaus/Blausen Medical
Os cientistas conseguiram identificar a “aglomeração” de plaquetas. – Foto: Bruce Blaus/Blausen Medical
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