Esquizofrenia: cientistas descobrem que lhamas podem ajudar no tratamento do transtorno

Esperança contra a Esquizofrenia. Cientistas da França descobriram que anticorpos de lhamas podem ajudar a combater esse transtorno mental grave que provoca delírios, alucinações, comportamento agressivo e fazem os pacientes se desconectarem da realidade. Muitos deles dizem ouvir vozes na cabeça.
Os pesquisadores do Instituto de Genômica Funcional (CNRS/Inserm/Universidade de Montpellier) projetaram um nanocorpo feito de anticorpos de lhamas e perceberam que ele é capaz de ativar um receptor envolvido na regulação da atividade neural.
O estudo, publicado na revista científica Nature, e mostra que a nova molécula de lhama injetada nas via veias ou músculos, conseguiu romper a barreira hematoencefálica e atingir efetivamente os receptores cerebrais e corrigir os déficits cognitivos observados em camundongos em ensaios pré-clinicos feitos em laboratório.
A lhama
A lhama ou lama, do quíchua llama, é um mamífero ruminante da América do Sul, da família dos camelídeos, gênero Lama.
É um animal de pelagem longa e lanosa, domesticado para a utilização no transporte de carga e na produção de lã, carne e couro.
A lhama é relacionada com o guanaco, a vicunha e a alpaca, segundo o Wikipedia
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Transtorno atinge 1% da população
Atualmente, os tratamentos atuais para esquizofrenia, que afeta 1% da população mundial, reduzem apenas alguns sintomas, mas têm pouco efeito sobre os déficits cognitivos que afetam a vida dos pacientes.
Segundo os autores, a administração periférica de uma molécula em baixa frequência, aliada à especificidade e durabilidade dos nanocorpos, representa uma nova fronteira nas terapias imunológicas para o cérebro.
“Nosso estudo estabelece a prova de conceito de que nanocorpos podem ser usados para atingir receptores cerebrais e induzir mudanças comportamentais duradouras”, escrevem os autores, que esperam também tratar autismo e epilepsia com a nova fórmula.
Autismo e epilepsia
Os cientistas querem agora fazer mais estudos clínicos para demonstrar se essa abordagem pode mesmo representar uma nova via de tratamento para a esquizofrenia.
Eles afirmam que a pesquisa confirma o potencial dos nanocorpos como uma nova estratégia terapêutica para atuar no cérebro, não apenas para essa doença mental, mas, também contra outras condições, incluindo distúrbios do espectro autista e epilepsia.
Vai ciência, mas sem fazer os bichinhos sofrerem!
