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Nova mamografia indolor tem resultado em 1 minuto; entenda

Monique de Carvalho
25 / 07 / 2025 às 12 : 17
A nova mamografia criada nos Estados Unidos é feita totalmente sem dor e leva apenas 1 minuto. - Foto: Canva
A nova mamografia criada nos Estados Unidos é feita totalmente sem dor e leva apenas 1 minuto. - Foto: Canva

O câncer de mama é um dos que mais matam no mundo e, muitas vezes, essa taxa alta se dá pelo diagnóstico tardio. A notícia boa é que um novo teste poderá mudar isso. Uma nova mamografia, que pode ser feita pela própria paciente, está em desenvolvimento na Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos e traz resultados em apenas 1 minuto.

Batizada de OneTouch-PAT, a inovação une conforto, rapidez e tecnologia de ponta para transformar o rastreamento do câncer de mama. O exame, totalmente indolor, não exige a compressão entre placas como na mamografia tradicional, o que representa um grande alívio para quem sempre teve medo ou desconforto com o procedimento.

E o mais impressionante: o resultado sai rapidinho. Isso é possível graças à combinação de duas tecnologias de imagem, o ultrassom e a fotoacústica, que juntas geram imagens em 3D do tecido mamário com riqueza de detalhes e precisão no diagnóstico.

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Como funciona

O sistema OneTouch-PAT utiliza duas técnicas ao mesmo tempo: o ultrassom tradicional, que usa ondas sonoras para formar imagens do tecido interno da mama, e a fotoacústica, que emite pulsos de laser. Quando a luz é absorvida, as moléculas se aquecem, se expandem e criam novas ondas sonoras, formando imagens dos vasos sanguíneos e do fluxo ao redor de possíveis tumores.

Essas duas imagens tridimensionais são sobrepostas com a ajuda de um software avançado, que oferece ao médico uma visualização completa e detalhada da estrutura do tumor e da sua vascularização.

Tudo isso acontece em um procedimento rápido, automatizado e sem depender tanto da habilidade do operador, outro ponto positivo em relação aos métodos atuais. Além disso, o sistema foi projetado para ser mais acessível, eliminando a necessidade de equipamentos caros e demorados, como a ressonância magnética.

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Mais confortável

Apesar de ser a forma mais comum de diagnóstico, a mamografia tradicional apresenta diversas limitações.

Ela pode ser imprecisa em mulheres com mamas densas, causa dor e ainda usa radiação. Já o ultrassom, apesar de mais confortável, pode gerar falsos positivos e depende muito da experiência do profissional que realiza o exame.

Por outro lado, a ressonância magnética oferece maior precisão, mas ainda é cara e pouco acessível, especialmente em sistemas públicos de saúde. Nesse cenário, o OneTouch-PAT surge como uma alternativa promissora: simples, rápida, indolor e eficiente.

Nos testes clínicos iniciais, o novo exame foi aplicado em 65 pessoas — 61 com câncer de mama e 4 sem diagnóstico da doença. Os resultados mostraram imagens claras e nítidas, além da possibilidade de identificar subtipos específicos de câncer de mama, como Luminal A, Luminal B e Triplo-Negativo.

Resultados promissores

A equipe de cientistas observou que o sistema conseguiu não apenas detectar a presença de tumores, mas também identificar sinais importantes como ramificações vasculares e padrões de vascularização, que são fortes indicadores de malignidade.

Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores destacam que o estudo ainda está em fase inicial.

Segundo o professor Jun Xia, autor do estudo, o sistema precisa ser testado em uma população maior e mais diversa, incluindo diferentes idades, etnias e condições clínicas, para validar sua eficácia em larga escala.

Além disso, o time ainda precisa ajustar os algoritmos da inteligência artificial usada na análise das imagens para garantir que o sistema consiga distinguir tumores malignos de lesões benignas, como cistos e fibroadenomas, evitando diagnósticos equivocados.

O OneTouch-PAT fornece imagens 3D do tecido mamário das pacientes, e ajuda a classificar os subtipo de câncer de mama. - Foto: HuijuanZhang et al., 2025
O OneTouch-PAT fornece imagens 3D do tecido mamário das pacientes, e ajuda a classificar os subtipo de câncer de mama. – Foto: HuijuanZhang et al., 2025
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