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Dormir em rede ajuda a melhorar desenvolvimento de bebês prematuros; estudo

Rinaldo de Oliveira
18 / 08 / 2025 às 07 : 32
A pesquisa mostrou que dormir de rede ajuda bebês prematuros a se desenvolverem melhor porque lembra o ambiente do útero materno. - Foto: UFC
A pesquisa mostrou que dormir de rede ajuda bebês prematuros a se desenvolverem melhor porque lembra o ambiente do útero materno. - Foto: UFC

Um costume comum dos nordestinos agora ganhou um papel ainda mais especial. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em Sobral, mostrou que dormir em rede dentro de hospitais pode melhorar o desenvolvimento e o ganho de peso de bebês prematuros.

Os pesquisadores notaram que a rede ajuda os pequenos a relaxarem mais rápido, favorecendo um sono profundo e reparador. Ao analisar os resultados, os especialistas constataram que os bebês que descansaram na rede apresentaram melhor evolução no ganho de peso em comparação com os que receberam apenas cuidados tradicionais.

Os médicos explicam que a rede reproduz características parecidas com o ambiente do útero. Por ter formato côncavo e ser feita de tecido de algodão, ela envolve o bebê de maneira aconchegante, ajudando na sensação de segurança e reduzindo a perda de calor, além de diminuir dores e desconfortos comuns aos prematuros, evitando que eles gastem energia de forma desnecessária. A força poupada é direcionada para o crescimento saudável.

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A pesquisa

O estudo foi conduzido por pesquisadores do curso de Medicina da UFC, que buscavam alternativas para melhorar o crescimento de bebês nascidos antes do tempo.

O estudo acompanhou 60 recém-nascidos na Santa Casa de Misericórdia de Sobral, entre julho de 2022 e outubro de 2023. Os bebês foram divididos em grupos submetidos a diferentes terapias, e os resultados mostraram que o uso da rede – sozinho ou em combinação com a hidroterapia – foi o método mais eficaz.

A descoberta trouxe esperança para médicos, famílias e profissionais da saúde, já que prematuros com baixo peso enfrentam até dez vezes mais riscos de complicações, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Cuidados e limites da técnica

Apesar dos resultados positivos, os pesquisadores reforçam que o uso das redes deve ser restrito ao ambiente hospitalar e com protocolos de segurança.

Isso porque, em casa, sem a devida supervisão, há riscos de quedas ou sufocamento.

No hospital, o ideal é que os bebês permaneçam na rede por cerca de duas horas, em períodos que não coincidam com procedimentos médicos de rotina.

Dessa forma, o descanso é garantido e os benefícios são potencializados.

Estudo analisou um grupo de 60 crianças e foi conduzido por especialistas da UFC. — Foto: UFC/Reprodução
Estudo analisou um grupo de 60 crianças e foi conduzido por especialistas da UFC. — Foto: UFC/Reprodução
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